entrelinhas http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br Só mais um site uol blogosfera Fri, 28 Aug 2020 07:00:33 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 E não é que os widgets são bons? Como foi minha experiência com o iOS 14 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/08/28/e-nao-e-que-os-widgets-sao-bons-como-foi-minha-experiencia-com-o-ios-14/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/08/28/e-nao-e-que-os-widgets-sao-bons-como-foi-minha-experiencia-com-o-ios-14/#respond Fri, 28 Aug 2020 07:00:33 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=624

Anunciado no final de junho durante a keynote da WWDC, o iOS 14 traz diversas novidades, muitas delas requisitadas por seus usuários durante anos. Mas entre o que é anunciado e o que de fato vira rotina na vida de um usuário, existe uma grande diferença. Estou usando a versão beta do novo sistema desde seu anúncio e trago aqui minhas impressões sobre as principais novidades.

Widgets

A tela de início do iPhone — apesar de alguns ajustes aqui e ali — é basicamente a mesma desde a primeira versão do aparelho. Isso não é necessariamente ruim, afinal ter familiaridade com o funcionamento desse componente essencial para a experiência do iPhone é importante.

Mas um recurso que era pedido há muitos anos por seus usuários foi finalmente introduzido no iOS 14: widgets! Confesso que eu não tinha muita expectativa para o lançamento de widgets na home screen, pois não me via usando isso no meu dia a dia. Eu estava enganado.

Os widgets tem sido, sem dúvida, o recurso que mais mudou a forma como uso meu iPhone no iOS 14. Comecei substituindo duas linhas de ícones na parte superior da primeira tela pelos widgets de baterias e uma pilha com os widgets de Tempo e Calendário.

As pilhas de widgets são inteligentes, elas alternam automaticamente para o widget mais relevante para você em determinado momento. Pela minha experiência, após algum tempo de uso, o sistema realmente aprende qual widget é mais relevante e coloca ele no topo da pilha.

É muito bom poder ver diretamente na minha tela de início de manhã cedo como vai ser a temperatura e se vai chover naquele dia, e logo após dar uma olhada em como está a agenda do dia. Além disso, com o widget de baterias, sempre estou de olho em como estão as baterias dos AirPods, iPhone e Apple Watch.

Mas tem um widget que fez ainda mais diferença para mim: sugestões da Siri. Seu iPhone aprende ao longo do tempo quais apps são mais relevantes para você em determinado contexto, que varia dependendo de horário do dia, localização, entre outras variáveis. O widget de sugestões da Siri pode então mostrar os ícones desses apps para você, diretamente na tela de início.

A Apple foi um pouco além e deu um tratamento especial para esse widget. Quando você coloca a versão média dele na tela de início, ele fica sem fundo, dessa forma os ícones dos apps sugeridos ficam como se fossem simplesmente ícones da sua tela de início.

Eu substituí a segunda e terceira telas de início do meu iPhone por várias cópias do widget de sugestões da Siri. Ele é esperto o suficiente para não repetir o mesmo app dentro de uma página da tela de início. Dificilmente vou para uma dessas telas e não encontro o app que estava pensando em abrir naquele momento. Para abrir apps novos ou que ainda não tenham entrado na minha rotina, uso a busca pelo nome do app.

Picture in Picture

Este recurso já estava disponível no iPad há bastante tempo, mas finalmente chegou aos iPhones com o iOS 14. É simples: basta estar assistindo um vídeo — ou fazendo uma ligação de vídeo no FaceTime — em tela inteira no Safari ou qualquer outro app compatível e voltar para e tela de início.

O vídeo vai junto e fica flutuando por cima da interface, podendo ser redimensionado, fechado, escondido, ou retornado para o app de onde veio. O recurso é extremamente útil quando se quer acompanhar um vídeo e fazer alguma outra coisa no iPhone ao mesmo tempo, como responder uma mensagem.

Toque na traseira

Este recurso — que ficou com um nome peculiar em português — permite a configuração de dois atalhos que são executados quando o usuário dá toques na parte de trás do aparelho.

Nos primeiros betas, tive muitos casos de falso-positivo que ativavam os atalhos ao largar o iPhone em uma mesa, por exemplo. Nas versões mais recentes, não tive mais esse problema. Configurei dois toques para abrir a central de controle, que é difícil de abrir em iPhones maiores. Para os três toques, configurei para abrir a câmera.

Mensagens

Eu sei que muitos brasileiros não tem o costume de usar o app Mensagens, optando por conversar com os amigos no WhatsApp ou Telegram. Felizmente, tenho muitos amigos e familiares que gostam de usar o Mensagens e acabo usando ele muito mais que qualquer outro app de comunicação.

O Mensagens recebeu excelentes novidades no iOS 14 e estou usando algumas delas. A primeira que fez bastante diferença para mim foi a possibilidade de deixar contatos fixos no topo da tela. Existem alguns contatos com os quais me comunico o tempo todo, então é muito bom poder manter essas conversas sempre disponíveis na parte de cima da tela.

Além disso, o Mensagens trouxe melhorias para conversas em grupo. Agora é possível mencionar participantes do grupo por nome nas mensagens, além de responder mensagens específicas, criando threads.

Conclusão

O iOS 14 vai muito além do que mencionei acima, pois foquei nos recursos que estou utilizando mais e que fizeram mais diferença no meu dia a dia. De um modo geral, a qualidade do iOS 14 tem surpreendido, mesmo na fase beta. A nova versão deve ser lançada para todos os usuários até o final de setembro.

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Apple vs. Epic: ambas estão erradas nessa briga de gigantes http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/08/21/apple-vs-epic-ambas-estao-erradas-nessa-briga-de-gigantes/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/08/21/apple-vs-epic-ambas-estao-erradas-nessa-briga-de-gigantes/#respond Fri, 21 Aug 2020 07:00:46 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=616

Crédito: Divulgação

Na semana passada, teve início uma das maiores batalhas entre a Apple e uma empresa desenvolvedora desde o lançamento da App Store em 2008. Trago aqui o meu ponto de vista — de desenvolvedor — sobre tudo o que está acontecendo.

O que aconteceu?

A Epic — desenvolvedora do Fortnite — lançou uma atualização do jogo permitindo aos usuários fazerem transações sem utilizar o sistema de compras dentro do app da Apple, o que não é permitido. A Apple então seguiu as suas próprias regras e tirou o jogo da App Store. Se quiser ler mais sobre tudo o que aconteceu até aqui, recomendo este texto do Gabriel, que traz um excelente resumo da situação.

As regras da App Store

O regulamento da App Store, criado pela própria Apple, exige que aplicativos utilizem o sistema de compras dentro do app fornecido pela empresa, que é totalmente integrado com o sistema e também garante a cobrança de 30% de comissão sobre todas as vendas feitas dentro dos apps, para coisas virtuais (isso não se aplica a e-commerce de produtos, por exemplo).

Outro aspecto da App Store é que todos os aplicativos — e suas atualizações — são revisados manualmente antes de irem ao ar. Quando essa revisão é feita, o revisor analisa o comportamento do app com respeito à todas as regras e, caso perceba alguma violação, rejeita a atualização e solicita ao desenvolvedor o envio de uma nova, corrigindo o problema encontrado.

Mas, se a atualização do Fortnite passou por este processo, como que o revisor não percebeu que eles estavam oferecendo compras dentro do app sem utilizar o sistema da Apple?

Feature Switches

Existe uma técnica muito comumente utilizada em aplicativos que é chamada de feature switch. Basicamente isso permite ao desenvolvedor ou empresa lançar o app na loja com alguns recursos desligados, podendo ligá-los ou desligá-los remotamente no futuro, sem a necessidade de uma nova atualização ser lançada.

Essa técnica não é usada primariamente por motivos obscuros ou para burlar regras da App Store, geralmente é usada como forma de previnir possíveis problemas, permitindo o desligamento de funcionalidades não-essenciais que estejam causando bugs ou travamentos, além de permitir o lançamento de funcionalidades futuramente, sem esperar a aprovação da App Store.

No entanto, a Epic decidiu usar esse mecanismo para “esconder” o recurso de compras usando o sistema próprio deles, fazendo assim com que a atualização passasse pela avaliação da Apple sem maiores problemas.

O bloqueio

A ação inicial que a Apple tomou foi retirar o Fortnite da App Store. Existe muita confusão a respeito do que isso significa, então acho que vale explicar aqui.

Quando um aplicativo é simplesmente removido da App Store — seja pela Apple ou pelo desenvolvedor — ele não desaparece dos iPhones de todos os usuários, nem deixa de funcionar. Mesmo que você remova o app do seu iPhone, pode baixá-lo novamente na loja, abrindo o app da App Store, tocando na sua imagem e depois na opção “Minhas Compras”. Isso, claro, assumindo que você já tinha baixado o app alguma vez no passado, se você nunca teve o app, não conseguirá baixá-lo enquanto estiver removido da App Store.

Mas a Apple tem sim o poder de desabilitar qualquer app remotamente. Após a insistência da Epic em não remover a compra com o sistema deles, a Apple deu um prazo para que a mesma remova essa opção do app até dia 28 de agosto, do contrário a Epic seria removida do programa de desenvolvimento. Essa ação por parte da Apple tem sim o potencial de tornar todos os apps e jogos da Epic inutilizáveis, até mesmo no Mac.

Minha opinião como desenvolvedor

Quando se vê uma situação como essa se desenrolando, é muito tentador defender um lado ou outro da história, como se fosse seu time de futebol. A realidade é que estamos falando de duas empresas valiosas e poderosas, cada uma buscando defender seus próprios interesses.

No caso da Epic, ela quer o poder de lançar seus jogos como bem entender para todas as plataformas, sem precisar pagar uma comissão de 30% sob as vendas feitas dentro deles. No caso da Apple, ela quer manter a App Store como ela é hoje, garantindo a coleta dos 30% de todas as vendas feitas dentro de todos os apps.

Até certo ponto, as duas estão erradas. A Epic violou uma regra da App Store claramente e intencionalmente, enquanto a Apple não enxerga que não estamos mais em 2008 e a forma como ela gerencia a App Store está ultrapassada e precisa de mudanças urgentemente.

Apesar da Epic estar interessada apenas em não pagar a comissão para a Apple, eu vejo a atitude da empresa de forma positiva. A Apple tem utilizado seu poder de mercado há muitos anos para pressionar desenvolvedores pequenos e grandes a agirem como ela quer, o que a Epic está fazendo é usar o seu poder no mercado para pressionar a Apple.

A questão vai muito além dos 30% de comissão. A App Store é absurdamente fechada e engessada, o que acaba impedindo inovações de surgirem nos apps, dadas as limitações impostas pelas regras, além daquelas impostas nos próprios sistemas. Basta olhar para outro caso recente, do xCloud da Microsoft, entre outros serviços de streaming de jogos, que são simplesmente proibidos de rodar no iOS por conta das regras da App Store. Quem perde com isso são os usuários.

No que essa briga mais recente irá resultar, ainda não sabemos. É possível que a Apple acabe dando o braço a torcer até certo ponto, assim como é possível que não faça nada e isso acabe virando somente mais gasolina no fogo das investigações de anti-truste que estão ocorrendo em diversas partes do mundo.

Uma coisa é certa: mesmo que a Epic volte atrás e o Fortnite acabe voltando para a App Store, a reputação da Apple no meio gamer — e com desenvolvedores — já foi prejudicada de forma irreversível.

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Atraso nos iPhones dá uma sacudida no jeitão certinho da Apple http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/08/14/atraso-nos-iphones-da-uma-sacudida-no-jeitao-certinho-da-apple/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/08/14/atraso-nos-iphones-da-uma-sacudida-no-jeitao-certinho-da-apple/#respond Fri, 14 Aug 2020 07:00:51 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=610

Não preciso nem dizer que o ano de 2020 tem sido atípico em diversos aspectos, afinal todos estamos vivendo os efeitos disso diariamente. Para as empresas de tecnologia como a Apple, a coisa não é nem um pouco diferente.

A empresa é conhecida por procurar manter todos os seus engenheiros em sua sede — o Apple Park — e enfrentou dificuldades quando se viu obrigada a adotar o trabalho remoto para a enorme maioria de seus funcionários. Embora o trabalho remoto seja bastante comum entre empresas de tecnologia, a Apple não costuma adotá-lo, graças à sua enorme preocupação em manter sigilo sobre o que está desenvolvendo.

Apesar disso, as entregas do ano tem se mostrado positivas até o momento: o evento de anúncio do iOS 14 e outras atualizações foi bem recebido e as versões de teste dos sistemas estão sendo bastante elogiadas pela sua qualidade superior àquela de anos anteriores.

Eu sei que ainda parece que estamos em março, mas o outono do hemisfério norte está se aproximando aos poucos e, com ele, a chegada das novidades de hardware da Apple — mais especificamente os novos iPhones. Enquanto que a empresa se mostrou resiliente quando o assunto é software, teve problemas com o hardware dos novos aparelhos.

Em sua mais recente conferência com investidores, Tim Cook confirmou que os novos iPhones viriam realmente mais tarde este ano. Segundo Cook, espera-se que eles venham “algumas semanas” após o esperado, algo que geralmente acontece em meados de setembro.

Algumas fontes dão conta de que o evento de anúncio dos novos aparelhos seria em meados de outubro. Eu acredito nessa linha do tempo, pois alguns fornecedores encontraram dificuldades para entregar componentes no prazo esperado e ao mesmo tempo o software também está um pouco atrasado com relação aos anos anteriores.

Sobre o software, estamos na quarta versão dos betas dos sistemas operacionais, com a Apple lançando novos betas a cada duas semanas. Essa é tradicionalmente a cadência de lançamento no início do ciclo, geralmente em meados de agosto as novas versões já começam a sair toda semana, mas não atingimos essa fase ainda este ano.

É bem provável que a Apple esteja aproveitando o lançamento tardio dos novos iPhones como uma oportunidade para fazer as coisas com mais calma na parte do software, o que deve culminar na entrega de um sistema bem mais estável quando comparado ao ano passado.

Para quem está querendo trocar de iPhone, o recomendado no momento é aguardar o anúncio dos novos modelos. São esperados pelo menos quatro modelos diferentes de iPhone este ano, com um design renovado — mais parecido com o do iPad Pro — e também suporte à tecnologia 5G em algumas regiões. O anúncio deve ocorrer em outubro, mas alguns modelos podem ter a entrega adiada para o mês de novembro.

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Discreta, Apple usa muita inteligência artificial mas a mostra pouco http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/08/07/discreta-apple-usa-muita-inteligencia-artificial-mas-nao-a-mostra-muito/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/08/07/discreta-apple-usa-muita-inteligencia-artificial-mas-nao-a-mostra-muito/#respond Fri, 07 Aug 2020 07:00:42 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=602

Reprodução: Apple

A Apple não costuma ser reconhecida como uma empresa líder no segmento de inteligência artificial. Não é comum vê-la anunciando aprendizado de máquina como uma funcionalidade dos seus aparelhos em apresentações e comerciais. Mas isso não quer dizer que o recurso não seja usado –e muito– nas funcionalidades do iPhone e seus outros aparelhos.

Em entrevista recente para o site Ars Technica, o ex-Google e chefe de IA da Apple, John Giannandrea, contou um pouco sobre qual é a estratégia da empresa no ramo.

Segundo Giannandrea, o recurso é largamente utilizado pela Apple em seus sistemas e aplicativos. Alguns exemplos são a recarga inteligente, que ajuda a preservar a vida útil da bateria; a câmera, que tira várias fotos muito rapidamente em sequência e utiliza aprendizado de máquina para montar uma única foto apenas com as melhores partes delas; também mencionou os recursos de saúde anunciados recentemente, muitos dos quais contam com a ajuda de aprendizado de máquina.

A estratégia da Apple

Existe uma diferença muito grande na forma como a Apple trabalha com aprendizado de máquina, quando comparada a rivais como Google. Assim como outras empresas (como Facebook), o Google vem trabalhando há muitos anos para captar a maior quantidade de dados possível dos usuários, para então treinar seus modelos na nuvem.

Já a Apple fez o caminho oposto. A empresa prefere implementar os recursos de aprendizado nos seus aparelhos, permitindo o treinamento desses modelos no próprio iPhone, evitando a necessidade de enviar os dados de usuários para um servidor centralizado.

Uma tecnologia recente que tornou isso mais viável foi a inclusão da Neural Engine, lançada inicialmente no iPhone X. Trata-se de um processador dedicado à tarefas de inteligência artificial, permitindo o treinamento e execução de modelos no aparelho sem grandes perdas de performance ou consumo excessivo de bateria.

Além de permitir à própria Apple a inclusão de recursos de inteligência artificial nos seus softwares, a Neural Engine também pode ser utilizada por desenvolvedores de apps na App Store, que podem treinar seus próprios modelos para tarefas dentro dos aplicativos.

Privacidade

Existem algumas vantagens nesta estratégia de treinamento e execução de modelos nos aparelhos. A principal delas é a privacidade. Giannandrea dá o exemplo de quando o usuário solicita à Siri que leia uma de suas mensagens. Como toda a transcrição é feita no aparelho, o conteúdo da mensagem nunca é enviado à Apple, com o processamento acontecendo inteiramente no aparelho do usuário.

Ainda segundo Giannandrea, o treinamento de modelos diretamente no aparelho resulta em uma maior qualidade, já que os dados são inteiramente personalizados para o usuário daquele aparelho, além do fato de que o treinamento é feito muito próximo da captação desses dados, evitando perdas.

Embora a Apple seja uma empresa focada em privacidade, isso não significa que esteja livre de eventuais problemas. No ano passado, o envio de áudios da Siri para seus servidores –com a finalidade de melhorar a qualidade do serviço– foi questionado, o que acabou causando grandes mudanças nessa área da empresa, que parou de utilizar funcionários terceirizados para esse tipo de função, além de tornar o processo algo voluntário, onde os usuários precisam optar por enviar esses áudios para melhorias do serviço.

Pesquisa e desenvolvimento

Algo que costumava prejudicar a participação da Apple no mercado de aprendizado de máquina era a sua cultura de fazer tudo em segredo. O ramo da inteligência artificial é bastante científico e colaborativo. É comum profissionais que trabalham nessa área –mesmo de grandes empresas– compartilharem suas pesquisas por meio de publicações e conferências.

Por muito tempo, a Apple não participava desse processo, mas isso tem mudado recentemente. A empresa agora tem seu próprio blog onde divulga informações sobre suas pesquisas em inteligência artificial, além de participar de conferências sobre o tema.

Embora possa parecer que a Apple não é uma empresa com foco em inteligência artificial, isso se deve muito mais ao fato dela não divulgar a IA como um recurso de seus aparelhos e sistemas, preferindo divulgar as funcionalidades que essa tecnologia possibilita.

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Apple diz que seus apps não têm vantagens sobre rivais, mas não é bem assim http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/31/modelo-do-mac-pode-solucionar-dilema-de-competicao-na-app-store/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/31/modelo-do-mac-pode-solucionar-dilema-de-competicao-na-app-store/#respond Fri, 31 Jul 2020 07:00:10 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=595  

Crédito: Reprodução

Nesta quarta-feira (29), uma comissão especial do Congresso americano se reuniu com os CEOs das principais empresas de tecnologia — Apple, Google, Amazon e Facebook — para discutir possíveis práticas anticompetitivas adotadas pelas empresas.

No caso da Apple (assunto deste blog), o foco é a sua conduta como dona da App Store. A loja oficial do iPhone é a única maneira existente para a distribuição de aplicativos comerciais para consumidores. Sempre que um app é comprado — ou uma compra de conteúdo digital é feita dentro do app — o desenvolvedor paga uma comissão de 30% para a Apple.

Regras extremamente rígidas são aplicadas para os aplicativos de terceiros que são distribuídos pela App Store. Apesar dessas regras estarem descritas no App Review Guidelines, muitas vezes elas são interpretadas de forma diferente, o que dá margem para erros, fonte frequente de reclamação dos desenvolvedores.

Outra questão importante é sobre uma regra específica, justamente a regra dizendo que todos os pagamentos por conteúdo digital feitos dentro de aplicativos devem utilizar obrigatoriamente o sistema de compras dentro do app (In-App Purchase) e pagar a comissão de 30% para a Apple.

Com a existência dessas regras e o fato da empresa não permitir a distribuição de apps fora da App Store, surgiu a acusação de anticompetitividade, afinal a própria Apple tem apps e serviços — como Apple Music e Apple TV+ — que deveriam estar competindo com seus concorrentes — Spotify e Netflix, por exemplo — mas se beneficiam de não ter que pagar a taxa de 30%, além de terem vantagens exclusivas por estarem integrados ao sistema em um nível muito além do que qualquer desenvolvedor externo poderia fazer.

Durante a sessão desta semana, Tim Cook respondeu duas perguntas cruciais sobre o assunto.

A Apple trata todos os desenvolvedores da mesma forma?

Cook foi perguntado sobre o tratamento dado por parte da Apple aos desenvolvedores, mais especificamente, se todos os desenvolvedores devem seguir as mesmas regras e têm as mesmas condições. Sua resposta foi que sim, todos os desenvolvedores seguem as mesmas regras e condições.

A realidade, no entanto, é bem diferente. Algumas empresas específicas, como Netflix e Amazon (com o app Prime Video), podem vender assinaturas e conteúdos digitais utilizando o sistema de compra dentro dos apps, mas pagando apenas 15% de comissão, metade dos 30% que os demais desenvolvedores precisam pagar.

Isto foi comprovado em documentos tornados públicos como parte do processo, incluindo um e-mail onde Eddy Cue (chefe de serviços da empresa) fala sobre uma conversa com Jeff Bezos (CEO da Amazon) onde foi feito o acordo para que a empresa pague 15% de comissão das assinaturas e compras feitas através do seu app na App Store.

Além disso, no Prime Video, a Amazon tem acesso a um recurso de compras dentro do app que nenhum outro aplicativo tem, para permitir a compra e aluguel de conteúdos do seu amplo catálogo de filmes sem a necessidade de cadastrá-los individualmente no sistema de compras da Apple, algo que qualquer outro desenvolvedor precisaria fazer (além de pagar os 30% de comissão).

Os apps da Apple que são distribuídos na App Store seguem as mesmas regras?

A segunda pergunta foi referente aos aplicativos que a Apple oferece na App Store (Clips, Pages, iMovie, entre outros). Cook foi perguntado se esses apps precisam seguir as mesmas regras a restrições dos apps distribuídos por terceiros. A resposta foi de que sim, os apps da própria Apple distribuídos na App Store seguem as mesmas regras e restrições que os apps de terceiros.

Mais uma vez, isso não é verdade. Primeiramente preciso deixar bem claro que estou me referindo aos apps que a Apple vende ou distribuí pela App Store, não aqueles que já fazem parte do sistema (como o app Câmera, por exemplo).

Pegando o exemplo do app Clips, que permite aos usuários fazer vídeos estilizados com música e vários efeitos. Quando você instala o app e roda pela primeira vez, ele já consegue acessar sua câmera e microfone sem precisar pedir permissão, algo que todos os apps de terceiros precisam fazer. Isso é possível graças a códigos “especiais” que apenas a Apple tem acesso.

Se algum aplicativo de outro desenvolvedor conseguisse de alguma forma fazer a mesma coisa e enviasse o aplicativo para a App Store, ele seria barrado na etapa de revisão do app.

Não estou propondo aqui que os apps da própria Apple deveriam ter que pedir permissão para usar a câmera — seria até um pouco estranho. Mas dada a situação — e o caso do Clips foi só um dos muitos exemplos — falar que os apps da Apple na loja seguem as mesmas regras dos apps de terceiros simplesmente não é verdade.

Qual seria a solução?

Honestamente, é muito difícil conseguir chegar em uma solução para essa questão da anticompetitividade da Apple como gestora da App Store e ao mesmo tempo distribuidora de aplicativos.

Por um lado, um dos principais motivos de todas essas restrições que a empresa impõe para a distribuição de aplicativos de terceiros tem motivos muito válidos: maior privacidade e segurança para os usuários. Por outro lado, eles garantem vantagens enormes para os aplicativos da Apple quando comparados com apps concorrentes.

Talvez uma opção seria a inclusão de um modelo semelhante ao Gatekeeper do Mac, que permite a distribuição de aplicativos sem passar pela App Store. O Mac sempre ofereceu essa opção para desenvolvedores e usuários e nem por isso é uma “terra sem leis”, afinal o sistema em si já oferece vários recursos de segurança e privacidade. Essa solução tiraria da Apple o controle total sobre todo o software que é distribuído para o iPhone, mas ao mesmo tempo tiraria a pressão regulatória que a empresa está prestes a sofrer.

O final real dessa história, teremos que esperar para ver.

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Uma nova era: será possível rodar apps de iPad e iPhone diretamente no Mac http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/24/uma-nova-era-sera-possivel-rodar-apps-de-ipad-e-iphone-diretamente-no-mac/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/24/uma-nova-era-sera-possivel-rodar-apps-de-ipad-e-iphone-diretamente-no-mac/#respond Fri, 24 Jul 2020 07:00:03 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=588

Conforme anunciado na sua conferência para desenvolvedores, a Apple está iniciando mais uma transição histórica na sua linha de produtos. Desta vez, mudando os processadores dos Macs de Intel para Apple Silicon — seus processadores próprios — que já dão vida aos iPhones e iPads há um bom tempo.

Embora não se saiba muito sobre as características de hardware dos novos Macs com processador da Apple — prometidos para o final do ano — já sabemos muita coisa sobre o que será possível nessas máquinas em termos de software.

A empresa está distribuindo um kit para desenvolvedores testarem seus aplicativos nessa nova arquitetura. O kit consiste de um Mac Mini com um chip A12Z (o mesmo do iPad Pro 2020). Vale lembrar que esse kit de desenvolvimento não é um produto, sendo disponibilizado como “aluguel” apenas para alguns desenvolvedores selecionados.

Uma das boas novidades que virão nos Macs com chip da Apple é a possibilidade de rodar aplicativos de iPad e iPhone diretamente no Mac, sem que o desenvolvedor precise desenvolver uma versão específica. Por padrão, todos os apps disponíveis na App Store para iOS estarão também disponíveis na Mac App Store, mas desenvolvedores podem optar por remover seus apps da loja no Mac, caso eles não façam sentido na plataforma.

Por meio de alguns desenvolvedores que estão testando o novo sistema, podemos ver algumas imagens e informações sobre como os apps do iOS estão se comportando no Mac (imagem acima).

 

Tudo indica que os apps de iOS rodam muito bem no Mac com processador da Apple, especialmente aqueles desenvolvidos para o iPad e com suporte ao recurso de tela dividida. No caso dos apps de iPhone, eles rodam com uma janela menor, que tem uma proporção similar à tela de um iPhone.

Diversos ajustes de compatibilidade são aplicados pelo sistema nesses aplicativos de iPhone e iPad, dessa forma eles rodam muito bem, apesar de não terem sido pensados para o ambiente do Mac. Mesmo aplicativos mais complexos, como o Procreate, Adobe Draw e até mesmo o Pages da Apple, rodam muito bem no Mac.

Testes de performance

Embora o kit de transição para desenvolvedores não seja um Mac que a Apple venderá para os consumidores, é interessante observar a sua performance com relação aos Macs Intel atualmente vendidos.

Os testes realizados utilizando a ferramenta Geekbench mostram uma excelente performance do Mac com chip da Apple, com pontuação de 1098 no teste single-core e 4555 no teste multi-core.

É bastante improvável que a Apple lance qualquer Mac com chip A12Z para os consumidores. Na verdade, o que se espera é que os Macs a serem lançados no final do ano venham com a sua própria linha de processadores, feitos especialmente para o Mac, com uma performance ainda mais impressionante.

Imagens do post: 9to5Mac e Steve Troughton-Smith.

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Cabo do iPhone será mais resistente, e bateria será menor, segundo rumores http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/17/cabo-do-iphone-sera-mais-resistente-e-bateria-sera-menor-segundo-rumores/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/17/cabo-do-iphone-sera-mais-resistente-e-bateria-sera-menor-segundo-rumores/#respond Fri, 17 Jul 2020 07:00:25 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=582 Após rumores de que a Apple não iria incluir carregadores nos iPhones a serem lançados este ano, temos agora novos rumores, todos envolvendo carregamento e baterias.

Novo cabo Lightning

O primeiro deles é de que a Apple estaria mudando o cabo Lightning que vem com os iPhones. Enquanto o carregador não viria mais junto do aparelho na caixa, o cabo continuaria sendo incluído, mas em nova versão. Essa nova versão seria no estilo trançado, mais resistente com relação à versão simples, que acompanha os aparelhos da Apple atualmente.

Segundo o rumor — vindo de um leaker conhecido — o cabo seria de USB-C para Lightning, o mesmo que acompanha o iPhone 11 Pro hoje em dia. Isso pode significar que a Apple está planejando descontinuar o seu antigo carregador lento de 5W, com porta USB-A.

Eu vejo essa possível mudança como uma forma de apaziguar a relação com o público, visto que a baixa durabilidade dos cabos Lightning é constante motivo de reclamação. Ao mesmo tempo em que a remoção do carregador causaria um certo descontentamento, a inclusão de um cabo melhor poderia balancear a reação do público com relação a esse assunto.

Baterias de menor capacidade no iPhone 12

O segundo rumor envolvendo baterias é sobre a capacidade das baterias que seriam usadas nos iPhones deste ano. Espera-se que a Apple anuncie quatro modelos de iPhone 12 este ano, variando entre telas de 5,4 polegadas e 6,7 polegadas. Todos os modelos devem vir com telas OLED.

A capacidade das baterias desses novos aparelhos — segundo registros públicos feitos pela Apple — poderia variar entre 2.227mAh e 3.687mAh. É uma redução com relação aos modelos atuais, que tiveram sua capacidade aumentada significativamente quando comparados aos modelos do ano anterior, variando entre 3.046 e 3.969, o que inclusive os deixou mais pesados.

Obviamente, uma redução na capacidade física das baterias pode sim ter um impacto no tempo de uso do aparelho entre recargas. Muitos usuários consideram a duração de bateria do iPhone 11 Pro muito boa, mas como sempre, poderia ser melhor.

Acho difícil acreditar que a Apple anunciaria aparelhos novos com duração de bateria inferior aos atuais, então provavelmente graças à melhorias na eficiência dos componentes, os iPhones que serão lançados este ano terão a mesma duração de bateria anunciada que os do ano passado.

A Apple fabrica seus próprios processadores e isso garante para a empresa um controle maior sobre o consumo de energia dos aparelhos. Os iPhones 12 devem vir com um processador A14, mais rápido e mais eficiente que o A13 da geração atual, garantindo assim a mesma duração de bateria, apesar das baterias menores.

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Monitor de lavagem de mão e sono: truques de saúde da Apple são bem úteis http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/10/veja-tres-recursos-de-saude-no-ios-14-e-watchos-7-que-voce-precisa-conhecer/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/10/veja-tres-recursos-de-saude-no-ios-14-e-watchos-7-que-voce-precisa-conhecer/#respond Fri, 10 Jul 2020 07:00:31 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=569 Quando a Apple introduziu o Apple Watch em meados de 2015, sua ideia sobre os recursos que seriam mais utilizados pelos usuários era completamente diferente da atual realidade. A empresa posicionou o relógio inteligente como um dispositivo para conectar as pessoas, mas o que os usuários realmente queriam era um aparelho que as auxiliasse em atividades físicas e acompanhamento da saúde de um modo geral.

Desde então, o foco da empresa mudou completamente. Diversos especialistas foram contratados, e muitos recursos foram adicionados tanto no Apple Watch quanto no iPhone no que diz respeito à saúde dos usuários.

Com o anúncio do iOS 14 e watchOS 7, a Apple está ampliando ainda mais a disponibilidade (e visibilidade) desses recursos. Trouxe aqui três dos meus recursos favoritos de saúde que estão por vir nas novas versões dos sistemas.

Lavar as mãos

Em tempos de COVID, lavar as mãos é mais importante do que nunca. A recomendação é de que se lave as mãos por pelo menos 20 segundos. Para ajudar o usuário a seguir essa recomendação, o watchOS 7 traz um recurso bastante útil (e divertido).

No watchOS 7, o Apple Watch detecta sons relacionados com o processo de lavar as mãos, como o barulho de um frasco de sabonete líquido e o barulho da torneira, e inicia um timer de 20 segundos automaticamente. O início e o fim do timer são sinalizados com pequenas vibrações no pulso, então não é necessário olhar para a tela do relógio para acompanhar seu progresso.

A interface é bastante divertida, mostrando a contagem regressiva com números formados por bolhas de sabão. No final, uma mensagem de parabéns é exibida. Apesar de ser um recurso simples e de pouca utilidade prática, qualquer coisa que torne esse processo que todos estamos fazendo com tanta frequência mais divertido é bem vinda.

Pode ser também uma boa opção para deixar o momento de ensinar as crianças a lavarem as mãos corretamente mais divertido (não precisa comprar um Apple Watch para a criança, basta utilizar o seu relógio no pulso dela e mostrar como se lava as mãos).

Para ativar o recurso, basta ir nos ajustes no próprio Apple Watch, rolar até o final da lista e ligar a opção de Handwashing (o nome ainda não foi traduzido nos betas).

Acompanhamento de sono

O sono é extremamente importante para a saúde como um todo. Já existem diversos aplicativos que permitem o acompanhamento do sono utilizando o iPhone e/ou o Apple Watch, mas com o lançamento do iOS 14 e watchOS 7, a Apple está introduzindo seu próprio recurso.

Com ele, é possível definir uma rotina de sono, que pode variar de acordo com o dia da semana. É tudo integrado entre o iPhone e o Apple Watch, então a configuração pode ser feita em qualquer um deles. O usuário define o horário em que deseja acordar e uma meta de quantas horas deseja dormir, o que define o horário ideal de ir para a cama.

O Modo Relaxar pode ser ativado para que a partir de um determinado tempo antes do horário de dormir, o iPhone fique com a tela de bloqueio mais escura, ative o Modo Não Perturbe e ofereça atalhos úteis diretamente na tela de bloqueio.

Esses atalhos do Modo Relaxar podem ser aplicativos, configurações para a casa, ou qualquer atalho do app Atalhos. No meu caso, coloquei o Overcast — meu player de podcasts — e um atalho para ativar a cena de “Boa Noite” que desliga todas as luzes do apartamento.

Durante o sono, o Apple Watch vai medindo a movimentação do usuário na cama para determinar se está dormindo ou apenas deitado, além de medir também os batimentos cardíacos. Essas medições ficam disponíveis no app Saúde.

O despertador pela manhã começa com pequenos toques vibratórios no pulso do usuário, mudando para um alerta sonoro somente se o mesmo não acordar apenas com os toques. Estou usando esse recurso desde o lançamento do primeiro beta e gostei muito da experiência do despertador tátil, é uma forma muito mais gentil de acordar do que um barulho estridente que te acorda com um susto.

Caso o usuário levante antes do horário programado, após alguns minutos o Apple Watch oferece a opção de desligar o despertador, evitando o toque do desnecessário do despertador.

Volume dos fones de ouvido

Utilizar fones de ouvido com volume muito alto pode ser bastante prejudicial para a saúde auditiva no longo prazo. Sabendo disso, a Apple introduziu no ano passado um recurso de acompanha o nível de volume utilizado com fones de ouvido — esse recurso está sendo ampliado nas novas versões dos sistemas.

No app Saúde, é possível acompanhar como tem sido a sua utilização dos fones de ouvido num determinado período de tempo. Se o destaque não aparecer na tela inicial, basta ir em Explorar e selecionar a opção Audição.

Na mesma tela são exibidas informações do nível de som ambiente, além da exposição a volumes altos nos fones de ouvido. O gráfico mostra a média de volume na última hora, dia, semana, mês, ou ano. No meu caso, está apontando que o nível de volume esteve alto nos últimos sete dias (preciso baixar o volume).

O recurso funciona melhor com fones de ouvido da Apple ou Beats, mas também pode ser utilizado com outros fones de ouvido, embora não seja tão preciso nesses casos.

Uma novidade este ano é que o usuário poderá receber alertas caso o sistema detecte alguma anomalia no volume utilizado — caso ele seja muito mais alto que no período anterior, por exemplo. Tanto a medição quanto o alerta estão integrados a todos os dispositivos, então mesmo que você utilize seus AirPods no Mac, Apple TV ou Apple Watch, terá seu uso dos fones de ouvido medido.

Conclusão

Os recursos de saúde do Apple Watch e iPhone ficam cada vez melhores. O foco em sono e audição neste ano — além do recurso pontual de lavar as mãos — são excelentes adições.

As novas versões dos sistemas estão atualmente em fase de testes com desenvolvedores, e deverão ser lançadas para o público em meados de Setembro.

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Você compraria um iPhone sem carregador na caixa? http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/03/voce-compraria-um-iphone-sem-carregador-na-caixa/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/07/03/voce-compraria-um-iphone-sem-carregador-na-caixa/#respond Fri, 03 Jul 2020 07:00:03 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=561

Crédito: Divulgacão/Apple

Desde a sua introdução em 2008, o iPhone sempre teve de acompanhantes na sua caixinha três acessórios considerados essenciais por muitos: fones de ouvido, cabo e carregador –além da papelada e dois adesivos da Apple.

Pois segundo fontes com informações quentes dos fornecedores da empresa, isso estaria para mudar. Tudo começou com rumores afirmando que ela removeria os fones de ouvido das caixas dos iPhones que serão lançados no final deste ano, o que já desagradou a alguns. Agora, os rumores dão conta de que nem mesmo o carregador acompanhará os iPhones novos na caixa.

Antes de mais nada, vale a pena avaliarmos as fontes desses rumores. Trata-se de analistas que possuem acesso principalmente a informações relacionadas às linhas de produção e fornecimento de componentes para os novos produtos da Apple. Isso pode acabar causando alguns erros de interpretação.

Uma possibilidade seria a Apple oferecer mais de um modelo de carregador para acompanhar o iPhone, seguindo uma forma de distribuição mais parecida com o que é feito com o Apple Watch. Explico: quando você compra um Apple Watch, pode escolher qual pulseira vai acompanhar o relógio. Os dois são então “casados” num fino encarte que une a caixa do Watch e a caixa da pulseira escolhida.

É possível que o “iPhone 12” não venha com um carregador na caixa porque na hora da compra o cliente poderá escolher se deseja um carregador com fio de 5W, um carregador com fio mais potente, ou quem sabe um novo modelo de carregador sem fio da própria Apple. Como os analistas não têm acesso aos planos de marketing da empresa, a conclusão mais simples é de que simplesmente os novos iPhones virão sem carregador na caixa.

Agora, assumindo que os rumores sejam verdade e que realmente o iPhone passará a ser vendido sem um carregador na caixa, particularmente não considero um problema tão grande, especialmente se a mudança for acompanhada de uma redução no preço — mesmo que pequena.

Pessoalmente, optaria por comprá-lo sem o carregador, cabo ou fone de ouvido, visto que já tenho diversos carregadores tanto com fio quanto sem fio em casa, e para os fones eu prefiro utilizar os AirPods Pro. Para usuários que estão comprando o primeiro iPhone, tenho certeza de que uma opção será oferecida para comprar o aparelho já com os acessórios, mesmo que isso acrescente algum valor no preço final.

Quanto a qual história a Apple contaria para tornar essa mudança mais palatável para os usuários e entusiastas, é muito provável que a empresa utilize a questão ambiental. A Apple vem trabalhando há muitos anos para tornar sua operação o mais verde possível, e alguns especialistas já concluíram que carregadores e cabos de celular são enormes contribuintes para o chamado e-waste (lixo eletrônico).

Acho bastante plausível ver Tim Cook no palco de apresentação dos novos iPhones apresentando números que mostram o quanto os carregadores contribuem para a poluição do ambiente, sem falar na redução da emissão de gases nocivos ao meio ambiente que poderá ser alcançada com a redução no tamanho das caixas.

Seja por vontade de aumentar os lucros, preocupação com o meio ambiente, ou uma combinação dos dois, a Apple pode mais uma vez estar tomando a frente em uma mudança drástica, que certamente acabará se propagando nos aparelhos de outras marcas (lembram-se do conector de fone de ouvido?).

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Para encarar avanço do Spotify, Apple dá uma repaginada no app de podcasts http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/06/19/para-encarar-avanco-do-spotify-apple-da-uma-repaginada-no-app-de-podcasts/ http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/2020/06/19/para-encarar-avanco-do-spotify-apple-da-uma-repaginada-no-app-de-podcasts/#respond Fri, 19 Jun 2020 07:00:07 +0000 http://entrelinhas.blogosfera.uol.com.br/?p=555 O mundo dos podcasts está bastante aquecido ultimamente. Com nomes como Spotify ganhando cada vez mais mercado nessa área, é natural esperar que a Apple — cujo produto iPod foi a origem do nome Podcasts — esteja preocupada em manter sua liderança.

Pois é exatamente isso que a empresa pretende anunciar na semana que vem, durante a sua keynote de abertura da WWDC. De acordo com o 9to5Mac, a Apple estaria preparando o lançamento de uma nova versão do app Podcasts, totalmente remodelada. O app está disponível em todos os dispositivos da empresa, desde Macs até o Apple Watch.

Segundo fontes, o app viria com um visual renovado, muito mais próximo de como é o Apple Music atualmente, além de diversos novos recursos. Um deles seria a possibilidade de produtores de podcasts incluírem conteúdos extras nos seus feeds, além dos programas em áudio. Esses conteúdos extras poderiam ser documentos ou vídeos.

Muitos podcasts oferecem esse tipo de conteúdo como extras para os assinantes que contribuem com o podcast, através de contribuições via Patreon ou outros serviços. Isso me faz pensar se a Apple estaria planejando lançar uma plataforma que permita aos podcasters cobrar os usuários pela assinatura, ou por alguma assinatura que oferece conteúdos a mais, além dos programas de áudio.

Faria todo sentido, dado os interesses da empresa em manter tanto o mercado de podcasts no formato aberto, quanto de aumentar seus lucros no ramo de serviços.

Outra novidade que estaria por vir tornaria o app Podcasts mais social. Usuários poderiam criar um perfil — do mesmo modo que acontece no app Música — e esse perfil agregaria suas preferências de podcasts. Amigos poderiam ver quais podcasts seus amigos estão ouvindo.

Esse lado social da experiência de consumo dos podcasts é algo onde o Spotify definitivamente está à frente da Apple, logo faz sentido a empresa estar planejando ampliar o app, adicionando recursos sociais.

O anúncio deve ocorrer na próxima segunda-feira (22), quando a Apple terá sua keynote de abertura da WWDC, onde espera-se o anúncio das novas versões dos seus sistemas operacionais.

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